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Aplicado a educação.

OS ALUNOS COM SINDROME DE DOWN NAS AULAS DE ED. FÍSICA

Resumo:O presente estudo teve como objetivo primeiramente de buscar a história da inclusão escolar para se estudar o aluno com Síndrome de Down e suas limitações dentro das aulas de Educação Física. Outro ponto importante foi analisar o desenvolvimento dos alunos junto aos demais alunos em diferentes perspectivas, como o social e o afetivo, tendo em vista não só o seu próprio desenvolvimento, mas também o quanto pode influenciar no processo educativo, referente a questões sociais, psicológicas, cognitivas e motoras.
A síndrome de Down é geralmente identificada no nascimento. É caracterizada por uma combinação de diferenças maiores e menores na estrutura corporal. Ela está associada a algumas dificuldades de habilidade cognitiva e no desenvolvimento físico. Pessoas com síndrome de Down podem ter uma habilidade cognitiva abaixo da média, geralmente variando de retardo mental leve a moderado.
Ao consultar a literatura percebemos a importância para o aluno interagir e conviver com pessoas, viverem novas experiências desenvolvendo habilidades, quanto a suas limitações.
Com isso concluímos que é de fundamental importância o desenvolvimento motor, interação social, a afetividade, auto-estima para a criança, dentro da educação física.

Palavras-chave: Limitações, Síndrome de Down, Educação Física, Inclusão.

INTRODUÇÃO

Este estudo mostra a importância para o aluno portador de Síndrome de Down dentro das aulas de Educação Física escolar.
Quando nos referimos às crianças com necessidades especiais, vimos como é grande a falta de instrumentos e informações adequadas para programar suas atividades pedagógicas.
O papel da Educação Física dentro de uma Educação Inclusiva nos faz refletir que é possível, mas é preciso querer e estar disposto a modificar a concepção da sociedade e a nossa própria forma de ver o mundo.
O processo da inclusão de alunos com necessidades educativas especiais e de outros alunos, com que a escola tem dificuldade de lidar, tem muito a beneficiar com as propostas metodológicas dos professores de Educação Física que, com criatividade, podem explorar a corpo, o movimento, através do jogo, da expressão e do esporte como oportunidades de celebrar a diferença e proporcionar aos alunos experiências que realcem a cooperação e a solidariedade.

HISTÓRIA DA SÍNDROME DE DOWN
Desde tempos remotos, buscou-se retratar as formas diferenciadas de manifestação e existência dos seres humanos que, independente do processo evolutivo, surgem entre os ditos normais.
O termo Sindrome de Down foi referido pela primeira vez pelo cientista Frances Jerome Lejeune, em 1961, em homenagem ao cientista inglês John Langdon Down. Era, até a data, denominado como mongolismo pela semelhança observada pelo cientista inglês em 1862, na expressão facial de alguns pacientes seus e os indivíduos oriundos da Mongólia.
Segundo Pueschel, 1995, o registro antropológico mais antigo da síndrome de Down deriva das escavações de um crânio saxônico, datado do século VII, o qual apresentava modificações estruturais que atualmente são vistas com freqüência em crianças com síndrome de down. Outros achados são descritos pelo autor, levando-nos a crer que esse distúrbio genético vem dos tempo mais remotos da antiguidade.
Já em 1866 John Langdon Down apud Pueschel, (1995, p.48) descreveu:

O cabelo não é preto, como é um cabelo de um verdadeiro mongol, mas é de cor castanha, liso e escasso. O rosto é achatado e largo. Os olhos posicionados em linha oblíqua. O nariz é pequeno. Estas crianças têm um poder considerável para a imitação.


CARACTERISTICAS GERAIS
A síndrome de down é caracterizada por uma combinação de diferenças maiores e menores na estrutura corporal.
Síndrome de Down ou Trissomia do cromossoma 21 é um distúrbio genético causado pela presença de um cromossomo 21 extra total ou parcialmente.
Down, apud Sanvito (1997, p.146) descreve as principais características da síndrome de down.
Os aspectos clínicos incluem: estatura baixa; crânio braquicefálico e pequeno; achatamento do dorso nasal e do maxilar; boca e dentes pequenos com língua protusa; fendas palpebrais obliquas com pregas epicânticas; orelhas pequenas; pescoço curto e largo; extremidades distais com braquimesofalangia e clinodactilia do dedo mínimo, além de presença de sulco simiesco; hipotonia muscular acentuada com hiperflexibilidade nos segmentos de membros; abdome proeminente com diástase dos músculos retos; genitais masculinos hiposedenvolvidos; retardo mental.

Os afetados pela síndrome de Down possuem maior risco de sofrer defeitos cardíacos congênitos, doença do refluxo, otites recorrentes, apneia de sono obstrutiva e disfunções da glândula tireóide.

ASPECTOS COGNITIVOS E SOCIAIS

A Inclusão, como processo social amplo, vem acontecendo em todo o mundo, fato que vem se efetivando a partir da década de 50. A inclusão é a modificação da sociedade como pré-requisito para que pessoa com necessidades especiais possa buscar seu desenvolvimento e exercer a cidadania (SASSAKI, 1997).
Todos nós sabemos que a pessoa que tem a Síndrome de Down enfrenta algumas barreiras ao longo de sua vida, barreiras estas que podem ser vencidas, com muita força de vontade e principalmente, com o apoio da família, que é o mais importante. Para vencer essas barreiras nada melhor do o convívio e interação com eles, através de atividades simples, como ate mesmo uma atividade física, que é muito importante no processo de inclusão social.
A promoção da prática pedagógica adaptada as diferenças individuais dentro das escolas de ensino regular deve ser constante, mas para que isso ocorra são necessários métodos, procedimentos pedagógicos, materiais e equipamentos adaptados.
As aulas de Educação Física podem favorecer a construção de uma atitude digna de respeito próprio por parte do deficiente e a convivência com ele pode possibilitar a construção de atitudes de solidariedade, de respeito, de aceitação, sem preconceitos. (MEC, 2001, p.41)

Ainda no capítulo especifico para portadores de deficiência das PCNs, o MEC, (2001) cita algumas adaptações que o professor de Educação Física poderá fazer para integrar esses alunos com os demais. Seja adaptando as atividades, criando situações que possibilite a participação dos alunos especiais. Situações essas que são vistas no dia a dia das escolas que trabalham com crianças especiais, muitos professores de Educação Física conseguem adaptar suas atividades perfeitamente para esses alunos, sem, no entanto, deixar de atender de maneira satisfatória os demais alunos ditos normais.
A inclusão é um processo amplo, com transformações, pequenas e grandes, nos ambientes pessoas com necessidades especiais. Para promover uma sociedade que aceite e valorize as diferenças individuais, aprenda a conviver dentro da diversidade humana, através da compreensão e da cooperação (CIDADE E FREITAS, 1997).

A prática constante de atividade física beneficia os órgãos, os músculos e os ossos. Consequentemente adquire-se uma boa condição física e nos dá maior resistência contra doenças e prazer nas realizações das tarefas diárias. Isto é fato e é comprovado cientificamente, porém, os benefícios relacionados ao afetivo, ao psicológico e á auto-estima são muito mais importantes no que diz respeito á inclusão. (FERREIRA, 2006, p.71)

ASPECTOS FÍSICOS E MOTORES
Os parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) em seu volume sete de Educação Física fala sobre os objetivos gerais do ensino fundamental: “conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em relação a sua saúde e a saúde coletiva.” (MEC, 2001, p.8).
Sabemos que a atividade física é de suma importância para a manutenção da qualidade de vida, da saúde e na prevenção de doenças. A atividade física para pessoas com Síndrome de Down deve ser adequada as suas características e principalmente as suas necessidades.
A Educação Física Adaptada "é uma área da Educação Física que tem como objeto de estudo a motricidade humana para as pessoas com necessidades educativas especiais, adequando metodologias de ensino para o atendimento às características de cada portador de deficiência, respeitando suas diferenças individuais" (DUARTE E WERNER, 1995: 9).
Na escola, o educando com deficiência leve e moderada podem participar de Atividades dentro do programa de Educação Física, com algumas adaptações e cuidados.
A realização de atividades com crianças, principalmente aquelas que envolvem jogos, devem ter um caráter lúdico e favorecer situações onde a criança aprende a lidar com seus fracassos e seus êxitos. A variedade de atividades também prevê o esporte como um auxílio no aprimoramento da personalidade de pessoas portadoras de deficiência (BUENO E RESA, 1995).
A Educação Física na escola se constitui em uma grande área de adaptação ao permitir, a participação de crianças e jovens em atividades físicas adequadas às suas possibilidades, proporcionando que sejam valorizados e se integrem num mesmo mundo.
O Programa de Educação Física quando adaptada ao aluno portador de deficiência, possibilita ao mesmo a compreensão de suas limitações e capacidades, auxiliando-o na busca de uma melhor adaptação (CIDADE E FREITAS, 1997).
Segundo Pedrinelli (1994: 69), "todo o programa deve conter desafios a todos os alunos, permitir a participação de todos, respeitar suas limitações, promover
autonomia e enfatizar o potencial no domínio motor". A autora coloca que o
educador pode selecionar a atividade em função do comprometimento motor, idade cronológica e desenvolvimento intelectual.
Ainda é comum observarmos uma Educação Física pautada exclusivamente na aptidão e no desempenho, mantendo como enfoque principal aprimorar as capacidades físicas e desenvolver habilidades esportivas.” (SILVA, 2008, p.108).
Esta pratica pode afastar os alunos desprovidos de habilidades para o esporte de alto rendimento e influencia diretamente o acesso de pessoas com necessidades especiais aos conteúdos pedagógicos da área, alem de servir como um forte fator de exclusão.

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